sábado, 18 de março de 2017

# # # -Venezuela ‘é uma ditadura’, diz Aloysio Nunes. u-se ao novo chanceler se a canelada não dificultará os seus contatos com autoridades norte-americanas. E ele: “…Porre a gente toma. […] Eu bebo muito pouco, mas já me aconteceu. E eu me recuperei. Curei a ressaca.” Acha que Trump já se recuperou do porre? Aloysio, como que trocando o figurino de senador pelo de ministro, disse que olha para Washington com o mesmo olhar de dúvida do papa Francisco. Prefere “esperar para ver.” Seja como for, Aloysio não acredita que seus comentários causem transtornos. “Nós temos nos Estados Unidos um extraordinário diplomata, que é o nosso embaixador Sérgio Amaral. Ele tem um roteiro, que está seguindo, em bastante consonância com os norte-americanos, com a nova administração… Essa declaração não cria nenhum problema.” Aloysio chama Mercosul de ‘ficção’ e espera fortalecer o bloco No seu primeiro compromisso oficial como chanceler, Aloysio participou, na última quinta-feira, em Buenos Ayres, de uma reunião com os chanceleres dos outros países-membros do Mercosul: Argentina, Uruguai e Paraguai. Suspensa do grupo, a Venezuela não foi convidada. A “revitalização” do Mercosul é uma das prioridades da gestão de Michel Temer. Sem rodeios, o sucessor de José Serra no Itamaraty chamou o Mercosul de “ficção.” Não seria mais negócio para o Brasil se dissociar dessa ficção?, quis saber o repórter. E Aloysio: “Não, é transformar a ficção numa realidade.” Como? Eliminando barreiras que impedem a conversão do Mercosul numa efetiva área de livre comércio. De resto, o ministro diz haver “um interesse crescente da União Europeia para ter um acordo com o Mercosul.” O Brasil jogará suas fichas nesse acordo, sem desprezar os entendimentos bilaterais. “Temos interesse em fazer acordos bilaterais com Japão, temos acordos bilaterais com a China, com a Rússia. Com todos os países que compõem a Aliança para o Pacífico —Chile, Peru, México e a Colômbia— nós temos acordos bilaterais, inclusive acordos que vão fazer com que nós tenhamos um comércio inteiramente livre entre o Brasil e esses países.” A pedido da Argentina, Brasil limita pousos de aviões britânicos Aloysio informou que o Brasil deve restringir o uso do seu território para o pouso de aviões militares do Reino Unido a caminho das Ilhas Malvinas. Fará isso em atenção a uma reclamação do governo argentino, que reivindica a soberania das Malvinas. Os dois países guerrearam pelo arquipélago em 1982. Esmagados, os argentinos perderam 649 soldados. E mandaram à cova 255 inimigos. Entre 2015, ainda sob Dilma Rousseff, e 2016, já sob Michel Temer, pelo menos 18 aviões militares britânicos usaram o território brasileiro como escala de reabastecimento de voos que tinham as Ilhas Malvinas como destino final. Em acordo firmado com a Argentina, o Brasil comprometera-se a desautorizar esse tipo de pouso, exceto em duas circunstâncias: emergências e missões humanitárias. Antecipando-se a uma averiguação que está sendo feita pela Aeronáutica, Aloysio admitiu que é improvável que os 18 pousos sob exame tenham sido emergenciais ou humanitários. Daí a intenção de “tornar mais rigorosos os procedimentos”, desautorizando os pousos quando for o caso. Nas palavras do ministro, a intenção do governo brasileiro é a de tornar os procedimentos “inquestionáveis.”

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